sábado, novembro 24

reflexão divina




estava eu nisto neste meu sobre o salto 
em sobressalto 
quando reflecti que deveríamos ter cada um 
cada qual um ritmo sólido 
ido 
digo bem 
cada um para o lado respectivo porque o lado contrário não resulta tão bem 
o lado contrário 
ou melhor 
no lado ao contrário somos como uma família às avessas com netos 
os nossos 
meus 
digo mesmo os meus natais 
depois lá vamos rua fora a passar como se passássemos juntos obrigados a dizer sempre 
como um 
digo eu 
porque não podia mesmo ficar calado

como não me lembrava... não entendi que me viessem lembrar 
lembra-me para me lembrar 
e
talvez um dia
me lembre...  
e se bem me lembro... caiu um o avião 

não me lembro de mais nada.

sábado, novembro 10

a casta princesa - parábola poética e triangular


meu amor... 
a mente raciocina e o amor move o sol e as outras estrelas... 
lembro-me perfeitamente..: a princesinha cresceu casta e pura e, por ironia do destino, teve um filho. um filho concebido (mesmo) sem pecado - dizem ter sido obra de uma laranja descascada. 
isso. descascada. 
um dia a princesa foi conversar com os amigos de um deus barbudo 
e
disse: são mil, mil e não mais de mil, as maravilhas do ano dois mil e... o poeta completou já vinte anos.
os amigos do deus barbudo nada disseram
e
não disseram, porque não entenderam muito bem o alcance das palavras da princesinha...

vai daí o poeta apareceu com um saco de maçãs e disse: tenho vinte anos mas não permitirei que alguém diga que essa é a minha idade. a mais bela idade da vida.
então uma maçã caiu e questionou: qual a primeira coisa que me veio à mente quando acordei?
o poeta, alarmado, escreveu um belo poema que desperta todas as manhãs e, à noite, deita-se no seu leito transformado num imenso insecto

estupefacta, a princesinha, pensou e repensou.
e
do seu repensar disse para si: acho que já chega... não deixarei seguir esta história mais além. com estas cadeias associativas, ainda acabarei doida
quase num repente o poeta ordenou: agora assine o meu poema, sem pensar - como se fora um cheque!...


esta mensagem é, não mais que uma ténue imagem das muitas brincadeiras reais. daí se infere que a princesa era amada 
temida. praticava jogos, na maioria malévolos. jogos que poderiam trazer consequências à sua sombra. não a ela.

o filho da princesinha, esse, cresceu e entendeu que a nobreza tem destas coisas. o rapaz aderiu à ordem e nunca mais comeu cachorros quentes

sexta-feira, novembro 9

uma pequena oração para combater o stress



sábado, outubro 27

extra.... 1 quase parábola




O princípio anerístico é o da APARENTE ORDEM e
o princípio erístico é o da APARENTE DESORDEM. 


desordem e ordem não passam de conceitos.
meras divisões... diversões
uma e outra face da mesma moeda.
ao olhar a realidade chegamos a outras realidades... ideias sobre a realidade. mas isso é realidade? 




quando a mulher se tornou mulher, lao tsé alcançou com o êxito (por todos esperado) o nirvana. porém a serpente, a que seduziu eva, farta que estava do paraíso, partiu para umas férias merecidas e esqueceu que tinha um blog para divulgar os princípios que norteiam a lei. 
éris, a grande deusa, abriu conta no facebook e entretem-se a disparar as fontes da discórdia entre os "amigos" (milhares deles).
os tempos são de mudança e, as parábolas escasseiam.
os nossos papas gozam as delícias dos tempos mortos e arriscam outros percursos em demanda do kaos.
um dia, vai para muito tempo, mung (o grande apóstolo do kaos) alcançou a árvore dos tempos e, pendurado nos dias que escorrem,  viu uma multidão circundando uma lagoa. um monge budista tinha mergulhado nas águas - precisava de ajuda.
o pobre monge não podia nadar. não o sabia (os monges não sabem nadar). o povo aproximava-se perigosamente das águas revoltas do lago. mung observava. apenas observava e... meditava.
mung, ali pendurado, tomou uma decisão. uma decisão iluminada pelo espírito da deusa de todos nós - crentes do sacro kaos.
“é muito simples,” pensou.
"vou fazê-lo," repensou
e mung caminhou sobre as águas e estendeu os seus cinco dedos (5 é o número sagrado) e, em vez de dizer ao monge: - dá-me a tua mão... disse: - toma a minha mão e os meus cinco dedos.
então mung e o monge tornaram às margens do lago e beijaram-se
o monge agradecido abandonou buda e iniciou-se no kaos. criou um cisma erisiano e duas cabalas.
salvé ÉRIS!...

terça-feira, agosto 7

capítulo III - satanás... (?)

e se pudéssemos voltar a conhecer (juntos e profundamente) aquela figura a que deram o nome de satanás
a que evoca algo mais que
a inveja
a cólera
a avareza
e
o abandono
que identificamos como nossos piores impulsos...

a que dizemos estar próximo daquilo a que chamamos brutalidade - que coloca os seres humanos em pé de igualdade com os outros animais

com os lobos…

o mal parece roçar o sobrenatural

o que reconhecemos mesmo - no vento que nos afaga o rosto e nas sombras que nos seguem na noite… - nada tem de diabólico.

reconhecemo-nos
somos sempre nós
e
somos sempre totalmente o outro

segunda-feira, agosto 6

capítulo III - do demoníaco


um demónio é um espírito, muitas vezes, desnorteado (sem norte)
e
gerado por um servidor...
utilizamo-lo
e
reprogramamo-lo
não devemos, no entanto, pagar os respectivos direitos de autor (ele é obra nossa)
e
entrementes...
será aconselhável alimenta-lo por via de uma egrégora
porém
se o reprogramamos...
o demónio poderá perder o vinculo com o olimpo

melhor será alimenta-lo pelo servidor

lidar com um demónio...
os demónios
gostam de passar desapercebidos
mergulham - muitas vezes - num mar de racionalismos
gostam de controlar
e
não ser controlados
portanto o controle demoníaco escapa-nos por entre a programação do nosso ordenador

anulemos
não
combatamos
o combate favorece o poder - torna-o mais forte por mais defensivo
claro... temos de entender que, os demónios, na sua maioria são entidades que não estão (ainda) aptos para serem desconectados
dependem de tal forma do sistema, que nos atacarão se optarmos pelo estado caótico

sábado, agosto 4

I adenda ao capítulo II - mistérios




em concílio os nossos 8 papas analisaram o mito e o rito do grãossíssimo albatroz porque o rito e o mito são dentro da ontologia que defendem o resultado
e
o resultado prende-se com a realidade social ao articular-se na civilização tendo em conta os produtos materiais e espirituais dos albatrozes
e
das gaivotas
logo não devemos deixar de alimentar as gaivotas porque elas são sagradas e o grande albatroz gosta
então as realidades produzidas por mitos e ritos são reais porque estão ligados e inter-ligados pelos mitos e ritos primordiais do espectáculo
e
o mundo condicionado pelas mentes é outra chamada à realidade do grande albatroz
tudo está ligado à chamada realidade porque a realidade oferece extraordinárias propostas para a renovação da natureza
e
é muito importante por estar ligada a natureza à sociedade nada é portanto inteiramente fictício e tão pouco real
logo a gula das gaivotas em nada se compara com a dos gaviões marinhos ou do grande albatroz que se opõe à sociedade porque precisamente
sim
os nossos 8 papas (faltaram 5 para evitar os 13 e todos sabemos que 13 pode dar azar) após análise paciente revelaram que a natureza é mero espectáculo e acrescentaram ser um produto da realidade verdadeira
ou seja
o lado inferior da civilização que não obstante o produto ilustra de forma afirmativa o contrário do que nos é transmitido via senso comum
a lógica do argumento dos nossos papas é considerada
porque a tese dos astros celestes está certa porque revela a verdade
e
é definitiva pelo facto dos objectos que representam a natureza terem surgido em simultâneo com o grande albatroz
e
daí se infere que os astros têm evoluído de forma vulgar
então os mitos primordiais estabeleceram-se no mundo ou digamos que o mundo se tornou produto da civilização e a civilização realizou o projecto no interior dos mitos onde parte da realização se deve aos deuses que caminham
logo podemos sempre concluir que há deuses masculinos e femininos
e
que representam a força que paira por cima da terra
e
a terra representa a feminilidade desses princípios
os papas consideram que o masculino é o grande albatroz e o feminino as restantes gaivotas
as erupções da terra criaram por assim dizer novos mitos com o objectivo primeiro de modificar o mundo e a ritualização dos mitos
é a causa por assim dizer do céu estrelado
e
da perfeição petrificada
no período das grandes gravitações surgiram também novos mitos mas esses pouco nos interessam porque nessa altura a deusa éris ainda não tinha revelado o grande albatroz
e
consequentemente os nossos templos ainda não tinham sido implantados porque simplesmente não havia fiéis
concluiremos que nesse período os astros não passavam de pedras e só muito depois é que se transformaram em bolinhas que se ligaram entre si por pastilhas elásticas também chamadas curvas gravitacionais fomentadoras de naturezas ou produtos da sociedade espectáculo

quinta-feira, agosto 2

parábula das beatas

um cinzeiro
no cinzeiro dezenas de beatas
as beatas rezavam .................... com muita fé
cristo ergueu-se das cinzas
e
vociferou .................... : - eu sou deus!
e
as beatas em coro ......... : - salvé!... aleluia, salvé!
foi nessa altura que uma maçã caiu sobre o cinzeiro
então
uma bela deusa surgiu para dizer ..........: és um petulante, não passas de um simples crucificado com a mania das grandezas!
e
cristo, no alto da sua arrogância, disse .....: - quem és tu que me provocas?
ao que a bela dama respondeu ......: sou éris, a deusa da discórdia!
e
muitas outras maçãs desceram dos céus

as beatas fugiram do cinzeiro

domingo, julho 15

éris - versus - perséfone


e demeter exigiu que libertasse a filha do

submundo

por isso e por muito mais que isso... os adeptos de perséfone abriram um outro blog em quase ruptura ---> aqui
e estamos todos muito contentes e alegres porque agora podemos prestar culto não só à maçã mas também à romã.

porém zeus não podia não queria interferir nos equilíbrios porque o que vai para a sombra por vontade de hades aí permanece e deve permanecer então demeter em desespero percorre a terra e chega a eléusis onde é acolhida e perséfone abandonada à sua triste sina e assustada lá no submundo recusava a comida e as ofertas de hades porque perséfone tinha medo daquele deus assustador demeter porém toma conta do filho do governante de eléusis e chega mesmo a tentar fazê-lo imortal mas a terra perecia porque sem a deusa a regar as plantas as plantas não cresciam apenas morriam e a terra passou pela pior seca de sempre e a ameaça do fim da vida do planeta era gritante o que alarmou zeus então o soberano do olimpo resolveu enviar hermes ao submundo para ir buscar perséfone


e
hades
lá cedeu
mas ofereceu
na despedida uma
romã o fruto de eleição
de  perséfone um presente
e a deusa inocente comeu um
único bago o que já foi suficiente
a partir daí ficou ligada ao submundo

para sempre


segunda-feira, maio 14

não podemos ignorar

é evidente que não podemos ignorar...!
ele aí está. o vale e azevedo ---> e está aqui no facebook
ele será (já é...) o verdadeiro rosto da nação
..."+1 ENSAIO ESTÉTICO-SOCIAL POLIMÓRFICO FOCADO NA INSÓLITA GOVERNAGEM DESENVERGONHADA QUE ASSOLA A NAÇÃO.

VALE & AZEVEDO A PRESIDENTE DA REPÚBLICA. PRESIDENTE DE TODOS OS PORTUGUESES.

É PARA ARRASAR!
...
arrasar
ar.ra.sar
(a1+raso+ar2) vtd e vpr 1 Tornar(-se) raso: Arrasar as matas. Arrasam-se os campos. vtd 2 Demolir, derrubar (uma construção). vtd 3 Arruinar, estragar: Arrasou a saúde. vtd 4 Abater: Arrasar uma ditadura. Arrasar vaidades, pretensões. vtd e vpr 5 Encher(-se) até as bordas: Jovialmente, arrasou os copos dos companheiros. Arrasaram-se de lágrimas os olhos de muitos espectadores. vtd 6 Descompor, humilhar com injúrias e palavras violentas: João Batista arrasava os falsos religiosos. vtd 7 Fazer perder os bens, a paz de espírito, a coragem: Negócios mal-sucedidos o arrasaram. vpr 8 Acabar: Com uma guerra atômica arrasar-se-á o mundo. vtd e vint 9 gír Agradar, impressionar, destacar-se: Usando apenas um biquíni minúsculo, a garota arrasou a praia inteira."

segunda-feira, abril 16

última hora

CIDADE DO VATICANO - O papa Bento XVI pediu hoje para que os fiéis rezem por ele, por ocasião do aniversário dos sete anos de seu pontificado, que será celebrado no próximo dia 19 de abril.
"Na próxima quinta-feira, no sétimo aniversário da minha eleição para a Sede de Pedro, peço que rezem por mim, para que o Senhor me dê força para cumprir a missão que me confiou" ... disse o gajo - e em francês.

como é evidente, nós não rezamos... nunca rezamos porque é extremamente perigoso.
para quê rezar?
sim para quê?...
nestas merdas o que interessa é que tenhamos um dia de sorte e nos saia a lotaria. tudo o resto são tretas.
é que, se rezamos, poderemos até ter o azar de tropeçar num terço e cair das escadas do condomínio abaixo. não queremos.
para além de que achamos, mesmo, que esse B16 é um pouco tonto.
o B16 é um tipo complicado. um gajo que está a dar mau nome a uma instituição que nunca foi aconselhável.
consideramos mesmo que a cidade do vaticano deveria mudar o ramo de negócio. por exemplo:...

- lavagens de dinheiro
- bordel
- especulação bolsista
- editora de pornografia
- tráfico de armas...

quê? já o faz...? desculpem a nossa ignorância, não sabíamos. então tudo bem. rezem. rezem muito, mas depois não digam que não vos avisámos.

quinta-feira, abril 12

capítulo II - os grandes segredos




BIC é apenas uma esferográfica?...
não.
ela pode ser encontrada em qualquer canto, faz parte do nosso quotidiano
é barata
usa-se com facilidade
e
muito.
mas já pensaste...?
é (apenas) um bom produto?
tem (apenas) um bom preço?
é (apenas) bem publicitada?
ou haverá outros motivos que fizeram desse objecto algo omnipresente?

ouvimos, em tempos, rumores que ligam a Bic à NASA. rumores que revelam que as canetas podem ser sondas... isso. precisamente. sondas extraterrestres. sondas que transmitem informações detalhadas da nossa vida -----> para o exterior. para fora do planeta terra
e
com a conivência da NASA.

não acreditas?
claro. tens esse direito. és livre de acreditar
ou não.
mas...
repara.
que seria melhor que uma BIC para te investigar, espiolhar....?
afinal...
afinal o que há de melhor que uma BIC para esses fins?
em todos os lugares -----> ela aí está
em casa
na escola
no trabalho
no comboio
no autocarro
não há quem não a tenha...
no bolso da camisa
na mala
no casaco...
e
em todos os locais que possas imaginar...
há uma BIC

estas questões. estes "dados". estes factos... não. não queremos especular.
e
porque não o queremos, indagámos. procurámos respostas junto de grandes iniciados
e
os iniciados foram peremptórios. responderam-nos como verificarão nas imagens que reproduzimos em baixo



como poderão verificar, a resposta é um código. só pode.


resolvemos, portanto, pesquisar - centrarmo-nos sobre a imagem-resposta
e
a imagem-resposta é, com efeito, a figura de um alienígena que esconde uma caneta. foi aí que se fez luz
e
a luz revelou-nos o grande centro de pesquisas - em inglês BIC (big inspector center) - nem mais...
e
concluímos que, de facto, as canetas BIC são sondas extraterrestres - e os mestres não nos queriam dizer senão que o logótipo das canetas revelam o segredo - um alien que esconde uma caneta na costas...
mas há mais, muitas outras coisas mais... as que nos fazem crer que elas (as canetas) não são simples canetas. ora vejamos:
- vendem-se canetas BIC em tudo o que é sítio;
- mudam de lugar. desaparecem de um momento para o outro... e vamos encontrá-las onde menos se espera. não encontramos explicação para o facto...;
- parecem reproduzir-se... compras uma caneta e, de repente, muitas outras surgem. basta uma pequena volta pela casa e... lá encontras uma;
- desaparecem. é difícil não acontecer que qualquer caneta que compremos não desapareça - pelo menos uma vez....


precisamente! eles estão aí. e nós, estamos constantemente a ser observados.
e
atenção. há sondas avançadas: as Bic Cristal e as Bic 4 cores - cuidado, elas revelam aos alienígenas os nossos segredos... e não esqueçamos os descartáveis BIC para barbear... esses transmitem aos alien segredos sobre o nosso ADN. aqui... duplo cuidado.

quinta-feira, março 29

capítulo II - em busca das maçãs douradas



desfilam palavras, metapalavras e parapalavras mui instrutivas porque instruir é jogar. é entrar em jogo.
depois, abrem-se os braços
e
esquecem-se os apertos tão próximos de novelas
e
sem acidentes que não seja o encontro com um não-terráquio. um alienígena que, como é normal nos mais paradisíacos arquipélagos, nos informa sobre o acto iniciático.

voltam a desfilar palavras, metapalavras e parapalavras mui instrutivas
e
uma vez mais próximos das histórias sem acidentes, iniciamos um exercício de estilo onde o sim e o não nos assaltam com um revólver em punho...

tudo isto é desejável num festejo estranho - cheio de nostalgias e luzes doutros tempos
dos tempos em que a deusa, ao soltar a sua maçã, derramou a discórdia provocando a guerra de tróia.

nota: o alienígena deixou-nos uma máquina de contacto. uma máquina que observa...
observa, transforma
e
como uma elipse (mágica) remete-nos para uma certa reaproximação com o pomar das maçãs douradas

quarta-feira, março 21

capítulo II - tacticvs-discordianorvm




- versão em castelhano (espanhol)


“Habéis construido para vosotros armaduras psíquicas, os habéis  fortificado en ellas, vuestra vista está restringida, vuestros movimientos son torpes y dolorosos,  vuestra piel está amoratada, y vuestro espíritu asado al sol.
Soy caos.
Soy la substancia de la que vuestros artistas y científicos construyen ritmos. Soy el espíritu con el que vuestros hijos y payasos ríen en feliz anarquía. Soy caos. Estoy viva, y os digo que sois libres.”


Eris, en su aparición ante Malaclypse el Joven y Omar Rahenhurst


+ Hail Eris +


I. Eris, la diosa. Imagen de la discordia, la confusión y el devenir. Hija de Nix, la gran noche, estado primigenio del universo. Se dice que tuvo una hermana: Aneris, totalmente opuesta a ella y con la que aun sigue en guerra. Representada por los griegos como una mujer pálida, con el vestido rasgado y una daga escondida en el pecho. Se encontraron representaciones aún anteriores en las que aparecía como una mujer alada vinculada con la figura de la serpiente femenina. Diosa o principio de dos caras (como las dos hermanas): uno benigno y otro maligno para los humanos. Hesiodo, el poeta, ya dibujó  estas dos facetas en la “Teogonía”:

“ Así que, después de todo, no había un único tipo de Discordia, sino que en toda la tierra había dos. Respecto a una, el hombre podría elogiarla cuando llegase a conocerla, pero la otra es censurable, y son de naturaleza completamente diferente.

Pues una fomenta la guerra y batalla malvadas, siendo cruel: ningún hombre la ama; pero por fuerza, debido a la voluntad de los inmortales dioses, los hombres pagan a la severa Discordia su deuda de honor.

Pero la otra es la hermana mayor de la oscura Noche (Nix), y el hijo de Crono que se sienta en alto y mora en el éter, extendidas sus raíces en la tierra: y es mucho más amable con los hombres. Incluso logra que los perezosos trabajen duro; pues un hombre se vuelve ansioso por trabajar cuando tiene en cuenta a su vecino, un rico que se apresura por arar y plantar y poner su casa en orden, y el vecino compite con su vecino en apresurarse tras la riqueza. Esta Discordia es sana para los hombres. Y el alfarero se enfada con el alfarero, y el artesano con el artesano, y el mendigo envidia al mendigo, y trovador al trovador.”

Pero ya conocemos a los griegos y su civilización basada en el dinero, la esclavitud y la competencia (hmhmhmm, esto me recuerda a algo...). Tergiversaron (¡casi le dieron la vuelta!) a la figura “benigna” de Eris para convertirla en una patrona del trabajo, ¡ja! no hay nada que Eris odie mas que el trabajo, su hermana quizá sea mas cercana a esta idea (aunque lo que Aneris realmente adora es que alguien trabaje por ella). Y es que a estos griegos les encanta reescribir la historia a su propio beneficio. En el Principia Discordia1 la misma Eris hace referencia a esta situación intentando aclararla:

“Un día Mal2 consultó su glándula pineal y preguntó a Eris si realmente Ella creó todas aquellas cosas terribles. Ella le dijo que siempre Le habían gustado los Antiguos Griegos, pero que no podía confiarse en ellos para asuntos históricos. Eran, añadió, víctimas de una indigestión, ya sabes.”

A los griegos no les bastó con decir que a Eris le gustaba trabajar, no les sobro con que se prostituyera ante la civitas, empezaron a extender el rumor de que su vientre salieron los peores dioses del hombre: Fatiga, Olvido, Hambre, Dolores, Combates, Guerras, Matanzas, Masacres, Odios, Mentiras, Discursos, Ambigüedades, Desorden, Destrucción y Juramento. Lógicamente Eris pilló un cabreo de narices con los griegos y para vengarse de estos engaños inició uno de los conflictos mas conocidos de la historia.

II. Kallisti. Según nos explica el Principia discordia (que recoge la experiencia de los mitos griegos y de la palabra de Eris) ocurrió lo siguiente:

“ Parece ser que Zeus estaba preparando un banquete de bodas para Peleo y Tetis, y no quería invitar a Eris por su fama de causar problemas. 2

Esto enfadó a Eris, así que preparó una manzana de oro puro 3 e inscribió sobre ella KALLISTI ("Para la Más Bella"), y el día de la fiesta la hizo rodar hacia el lugar del banquete. Después, se retiró para estar sola y disfrutar gozosamente de un perrito caliente.

Sucedió que tres de las diosas invitadas4, Atenea, Hera y Afrodita, la reclamaron como suya al ver la inscripción 4  que llevaba. Así empezaron a pelearse, se derramó ponche por todo el lugar, y las cosas se empezaron a poner serias.

Finalmente Zeus calmó las cosas y declaró que debería nombrarse un árbitro, una sugerencia razonable con la que estuvieron de acuerdo. Las envió a un pastor de Troya cuyo nombre era Paris, porque su madre se había casado con un francés; pero resultó que cada una de las astutas diosas intentó adelantarse a las otras y ofrecer un soborno a Paris.

Atenea le ofreció Victorias Heroicas en la Guerra, Hera le ofreció Grandes Riquezas; y Afrodita, la Mujer más Bella sobre la Tierra. Siendo un sano y joven troyano, Paris aceptó sin pensárselo mucho el soborno de Afrodita, y ella obtuvo la manzana, y él echó un polvo.

Como ella había prometido, afectó a los eventos en la tierra de modo que Paris pudiera estar con Helena, que por entonces estaba viviendo con su marido Menelao, Rey de Esparta. En todo caso, todo el mundo sabe que la Guerra de Troya sucedió cuando Esparta exigió su Reina de vuelta, y que la Guerra de Troya se dice que fue la Primera Guerra entre los hombres.

Así, todos sufrimos debido al Desaire Original. Y por eso un Discordiano no debe gozar de Perritos Calientes.

¿Te puedes creer eso?“

A parte de las interpretaciones siempre poco fiables de este mito por parte de los griegos (que nunca suelen se muy fieles a la realidad “real”), esta historia esconde en su forma la “verdadera” historia de la génesis humana (o al menos eso me dijo Eris). Según cuenta Levi Strauss 5 el significado de esta disputa es mucho mas profundo, en uno de sus libros sobre cosmogonías, por ejemplo comenta:

“ En el mismo momento en que aparecen el Espacio y el Tiempo, comienza la Lucha: todos los personajes se enfrentarán unos con otros, versión divina de la interrelación, presididos por Eris, la discordia, y Eros, el amor.”

Y es que al principio estaba el Caos primario, donde las fuerzas naturales se enfrentaban (humo, fuegos artificiales y estrellas fugaces por todos los sitios). Tras la aparición del humano, Eris/Caos ponen en sus manos la decisión de hacia donde dirigirse, elección que lo humanos representarían en la historieta de la manzana. Lógicamente estos obtarían por Afrodita/Eros (¿y quien no hubiera elegido esto?.. donde este el placer que se quite la guerra y la riqueza...) que en muchas cosmogonías aparece como el ente inmediatamente posterior a Caos/Eris. Esta decisión para la mayoría de mitologías civilizadas sería un error (o al menos lo representaran como tal), la serpiente/eris da la manzana a eva y adan en el caso de los católicos y con ello genera el pecado original, o en el caso de los griegos y romanos esta manzana sería el origen de la primera guerra (como si no hubieran liquidado ya unos cuantos pueblos nuestros amigos, los griegos, antes). Por el contrario para las tribus primitivas el Caos/Eris/devenir/serpiente era mucho mas positivo, simbolizando el “estado natural” del ciclo de nacimientomuerteregeneración. Y Afrodita/Eros en vez de originar una guerra era la representación de sus propias vidas ausentes de estos conflictos, era el pragmaticismo del deseo. El ávido lector pensara: ¡Maldita sea! estos malditos griegos (y por extensión la civilización) no hacían mas que mentir, ¿no? Pues si.... y lo peor de todo es que la “historia” no acaba aquí...

III. Aneris se saca el titulo de historiadora. Nos habíamos olvidado de la hermana de Eris, Aneris. La hermanita de Eris o su otro aspecto (según se quiera mirar) siempre ha sentido envidia de su gemela. Mientras Eris representaba al Caos y hacía lo que le daba la gana, Aneris siempre se ha tenido que conformar con volver a las 12:00 a casa y con representar el Orden (y a ella le quedan faltar esos trajes azules y esa horrible gorra).

Lógicamente a Aneris no le gustó nada esta clasificación. Desde la cuna se ando tirando de los pelos con su hermana. Al principio parece que Eris fue la que tenía el “control” sobre los corazones humanos. Durante cientos de miles de años convivió con los hombres y con Eros (según parece Eros y Eris hicieron muy buenas migas durante esta época ¿Que hay de Eras, Erus y Eres?). Los humanos llevaban cuidado de no tocar las narices a Eris y esta les respetaba y les divertía. Pero de repente Aneris se alió con unos cuantos hombres y dieron un “golpe de estado” (mas bien formaron el primer estado). Los seguidores de Aneris empezaron a esparcir rumores sobre Eris. Y no les bastó con esto... con el poder que Aneris les dio empezaron a subyugar a los seguidores de Eris. Y así el principio Anerístico (ya veras mas adelante que significa esto) se extendió por el universo (literalmente, y si no que se lo pregunten a Newton). Hay un hecho que el Principia Discordia remarca como el originario (aunque no tengo ni idea del porqué) de este gobierno Anerístico:

“En el año 1166 antes del tal Cristo, a un amargado llamado Caragrís se le metió en la cabeza que el Universo carecía de sentido del humor como él y comenzó a difundir que jugar era pecaminoso porque es contrario al camino del «Orden Serio» que lleva la creación.

«Mira todo el orden a tu alrededor» decía, y con estas palabras consiguió la adhesión de multitud de seguidores, que aún conserva.

No se puede entender como los hombres (y las mujeres) pueden ser tan ingenuos de no imaginar nada al observar todo el desorden a su alrededor y pensar lo contrario. De todas formas Caragrís y sus seguidores eligieron el juego de jugar la vida más seriamente de lo que juega la vida, destruyendo otras formas de vivir que difieran de la suya.

El desafortunado resultado de esto es que la humanidad ha estado sufriendo un desequilibrio sicológico y espiritual. Desequilibrio que causa frustración y frustración que causa miedo. miedo. Y el miedo conduce a un mal viaje (farmacológicamente hablando). El ser humano se encuentra en este mal viaje desde hace mucho ...

A esto se le llamó, La maldición de Caragrís.”

Resumiendo: Mientras los humanos llenamos nuestras arterias de prozac, Aneris y sus seguidores se lo están pasando en grande (todo lo bien que se lo puede pasar uno representando al orden)... ¿Va siendo horas de ponerles freno y levantar el nuestro? ¡A jugar se ha dicho!¡disfraces para todos! ¡conffeti y fuegos artificiales! la mayor fiesta esta por empezar...


+ La Pérfida Iglesia de la Discordia +


I. Revelación. El hito fundacional del Discordianismo. ¡Humanos bailar y divertiros ante la confusión!. El Principia Discordia explica lo ocurrido de la siguiente manera:

“ A finales de los 50 dos jóvenes californianos después conocidos como Omar Ravenhurst y Malaclypse el Joven, estaban con su vicio de sorber café en una de las pistas de la bolera de su barrio, mientras pasaban la noche solucionando los problemas del mundo (charlando, claro).

El tiempo se congeló en la bolera y se les apareció un chimpancé que, después de decir unas extrañas palabras referentes al caos en nuestra realidad, les mostró un extraño símbolo que estalló y les hizo perder la consciencia volviendo todo a la normalidad.

Pocos días después tuvieron un sueño lúcido donde se les apareció la Diosa y les habló (con las palabras que dan inicio a este articulo).

Durante los siguientes meses estudiaron diferentes teologías y filosofías, aprendieron que Eris o Discordia fue principalmente temida por los antiguos como causante de rupturas.

Realmente, el mismo concepto de caos fue considerado el equivalente a disputa, o problema como algo negativo, cuando las cosas más maravillosas no suelen estar sometidas a ninguna clase de orden.

Encontraron el principio del caos mucho más significativo que el principio del orden. ”

Tras estos acontecimientos los dos amigos decidieron que debían dar a conocer la palabra de Eris y así fundaron la Iglesia Discordiana y junto a ella una nueva religión, el Discordianismo. Para celebrar este hecho escribieron un libro santo, el Principia Discordia. Así la palabra de Eris se extendió por el mundo y trillones de Discordianos (para conocer el numero exacto puedes consultar tu glándula pineal) han surgido desde entonces.

Realmente la Iglesia Discordiana no es una iglesia al uso, cualquiera puede (y debe) nombrarse sacerdote, obispo, papa o sumo pontífice en cualquier momento. Al igual que cualquiera puede escribir su propio libro santo. Esto provoca que la iglesia sea justo lo que Eris mas quiere: un Caos y una autentica algarabía A partir de la revelación y gracias a estos principios ha aparecido un montón de libros santos , al igual que también se han contado unos 111 papas, 937 sumos pontífices, 666 antipapas y muchos otros cargos (tantos como adeptos).

La misión de la Iglesia no se sabe claramente (y esto es lo que mas asusta a los seguidores de Aneris). Algunos dicen que es extender el Caos y la confusión por el mundo para así conseguir librarlo de la negativa influencia de Aneris. Hay otros que opinan que es una broma cuyo único objetivo es la diversión y el placer. La propia Eris posiblemente piense (nunca habla muy claro) que los fines son ambos y que además estos son indisolubles. Mientras que Aneris puede que piense que esta es otra estratagema de su hermana para que vuelva a acostarse a las 12:00 y deje en paz  (y discordia) a los humanos. En cualquier caso, monos solo hay cinco.

II. Dogmas discordianos. Aunque antes haya dicho que esta no era una iglesia clásica, al igual que el resto de iglesias tiene sus dogmas que vienen reflejados en el Principia Discordia tal y como Eris se los transmitió a los dos profetas:



1. Ley de la escalada Erística

«Imposición del orden = escalada del Caos» Un discordiano se debe de tomar este dogma como una realidad discordiana o como una labor a realizar hacia aptitudes de intolerancia, sean por parte del sus semejantes o institución de cualquier tipo.



2. Ley de los cincos.

Escrita en la página 00016 del principia discordia, quizás sea de donde sale uno de los símbolos más conocidos del folclore hacker, el 23 (2+3=5)

«Todas las cosas pasan en día 5 o son divisibles o múltiples de 5, o son de alguna manera directa o indirectamente, relacionados con el 5. La ley de los cincos nunca falla».

Esta sagrada ley nunca falla solo es cuestión de tiempo encontrar la relación por malos que seáis con las matemáticas, sino siempre podéis recurrir a algún/a amigo/a.



3. El Pentavómito 6 .

I. No hay más Diosa que la Diosa y ella es tu Diosa. No hay más Movimiento Erisiano que el Movimiento Erisiano y es El Movimiento Erisiano. Y cada Cuerpo de la Manzana Dorada es el querido hogar de un Gusano Dorado.

II. Un Discordiano siempre debe usar el Sistema Numérico del Documento Numérico Oficial Discordiano.

III. Un Discordiano requiere durante su temprana iluminación irse solo y comer alegremente un perrito caliente, un viernes. Esta devota ceremonia es para protestar contra los más conocidos paganismos del momento: El cristiano católico (no comer carne los viernes), el judaísmo y religión musulmana (no comer carne de cerdo), la religión hindú (no comer carne de vaca), el budismo (no comer carne de animales) y del discordianismo (no comer el panecillo del perrito caliente) 7.

Un discordiano no debe comer los panecillos de los perritos calientes, en homenaje al consuelo de nuestra diosa cuando luchó contra el rechazo original.

 Un Discordiano tiene prohibido creer lo que lee.





4. FNORD.

FNORD es MU, es el sonido que produce un árbol cuando cae en el medio del bosque y nadie lo escucha... ¿O eso es FNORD?8

Si después de esta clara explicación no has conseguido entender que es FNORD o mejor aún, te sientes confuso, no te preocupes, seguramente Eris está acogiéndote en su regazo.

5. ¿? ¿Acaso no recuerdas la ley del cinco?

Si alguno de los dogmas no te gusta, ¡cámbialo!. 1.2.3.... ¡Discordia!

III. Principios Erístico y Anerístico. ¿Eieieinnnn? El Principia Discordia explica estos dos conceptos de la siguiente manera:

“El Principio Anerístico es el del Orden aparente; el Principio Erístico es el del Desorden aparente Ambos orden y desorden son conceptos creados por el ser humano y son divisiones artificiales del Caos puro, que está a un nivel de profundidad mayor que el nivel que puede hacer distinciones.

Con nuestro aparato fabricante de conceptos llamado "mente" miramos a la realidad a través de las ideassobrelarealidad que nos dan nuestras culturas. Las ideassobrelarealidad se etiquetan erróneamente como "realidad", y la gente poco iluminada queda perpleja ante el hecho de que otra gente, especialmente otras culturas, ven la "realidad" de formas distintas. Son sólo las ideassobrelarealidad lo que cambia. La realidad Real (con Rmayúscula) está a un nivel más profundo que el nivel de los conceptos.

Miramos al mundo a través de ventanas en las que se han dibujado rejillas (conceptos). Distintas filosofías utilizan distintas rejillas. Una cultura es un grupo de personas con rejillas similares. A través de una ventana vemos el caos, y lo relacionamos a los puntos en nuestra rejilla, y por tanto la entendemos. El orden está en la rejilla. Este es el principio Anerístico.

La filosofía occidental se preocupa tradicionalmente con contrastar una rejilla con otra, y en enmendarlas con la esperanza de encontrar una perfecta que sirva



para toda la realidad y que por tanto (dicen los ignorantes occidentales) sea Cierta. Esto es ilusorio; es aquello que los Erisianos llamamos la ilusion aneristica. Algunas rejillas pueden ser más útiles que otras, algunas más bonitas que otras, algunas más agradables que otras, etc, pero ninguna puede ser más Cierta que otra. “

¡Maldita sea! ¿Me esta diciendo esta gente que la realidad no existe? No, lo que existen son infinitas realidades. Ver espíritus en cada ser de este mundo no es mas cierto que pi=3,1416... La Realidad mas profunda es tal Caos (de hecho es Caos mismo) que posiblemente si la vislumbramos nos volveríamos locos (o alcanzaríamos la iluminación según se mire). Pero después de entender que nuestra realidad no es totalmente (ni infinitesimalmente) cierta lo que podemos hacer es dar comienzo al baile de las mascaras. ¡Disfraces para todos! tan fácil como cambiarse las gafas filtradoras de la realidad y tan satisfactorio como abandonar el tedio de una vida repetitiva y prefabricada.

Desde niños nos condicionan a conocer una única realidad (la que Aneris quiere que creamos). Desde el azote de guante verde en el culo rodeado de halógenos en el hospital hasta el odiado primer día de trabajo pasando por los millones de anuncios imprimidos en nuestra mente. Todo esta hecho para hacernos creer que no existe nada mas a parte de este escenario griego. Nos quieren ciegos. ¿Como surgió si no ese experimento de Aneris llamado Nazismo? Orden máximo, uno detrás de otro, todos al matadero, todos muertos de aburrimiento, todos ciegos. ¡Gafas multirejillas ya!

En nuestro camino de infinitas bifurcaciones/realidades, lo único que nos pone freno son estas odiadas realidades hegemónicas, aquellas que tienden a matar a cualquiera que no las ve, malditas aguafiestas.... ¡ Cuidado con ellas!, de estas en nuestros tiempos hay muchas (muchas y una única a la vez). Aneris es el paradigma de esta hegemonía, todo para ella debe ser orden, un mundo uniforme con un pensamiento uniforme. Pero Aneris se equivoca, el Universo es afortunadamente mucho mas complejo y bello, esta es nuestra arma secreta. La Verdad ni existe ni esta ahí fuera (en todo caso existe la verdad y esta aquí dentro), la vida es fuego (como dijo el filosofo presocrático Heráclito), el devenir guía la existencia añadiéndole ajo y pimienta. ¡Erisarquía ya!


+ Del dicho al hecho hay un trecho...aplicando discordia +




I. Subjetividades delirantes. la subjetividad capitalística es prácticamente omnipresente, una especie de nuevo dios. Vivimos en un mundo gobernada por imágenes.... ¡Flash, flash! una foto. ¿Quiere encontrar la felicidad? acuda a su concesionario mas cercano.... ¿Como esperamos salir de este encierro psíquico? ¿que propaganda puede ser útil en un mundo donde las imágenes forman todo y no son nada?. Como dijo alguien (de una forma algo rebuscada):

" Una práctica política que persiga la subversión de la subjetividad que permita un agenciamiento de singularidades deseantes debe investir el propio corazón de la subjetividad dominante, produciendo un juego que la revele, en lugar de denunciarla. Esto quiere decir que, en lugar de pretender la libertad (noción indisolublemente ligada a la de la conciencia), tenemos que retomar el espacio de la farsa, produciendo, inventando subjetividades delirantes que, en su embate con la subjetividad capitalística, provoquen que se desmorone. "

¡Bien! Que existe la iglesia.... creemos el carlotismo y expandamos la palabra de la sagrada zanahoria por el mundo. Que existe el dinero... maquillemos esos horribles papeles, que ahora serán estrellas drag queens. La especulación ataca tu barrio: coloca en cada casa un cartel de se vende al mejor postor. La arquitectura de la ciudad se nos hecha encima, tenemos calles para andar, sitios donde comprar, lugares donde trabajar y casas donde descansar. Ya va siendo hora de reutilizar estos lugares para mas altos fines. Alteraciones que rompan la matriz social abriendo nuevos campos. Visiones lúdicas, Risas, ¡cuanto necesitamos reír!, demasiado sacrificio y mártires tenemos ya.

Si el discurso único te agobia... entonces llévalo al absurdo. ¡Sois todos unos pecadores y delincuentes y lo sabéis! Si el Estado os quisiera detener en algún momento lo haría pero esta demasiado preocupado en llenarse los bolsillos como para hacer cumplir las leyes. Nadie escapa a la corrupción, fustigaros y arrodillaros ante Dios, el fin del mundo esta cerca y solo nos salvaremos 11.545 personas, mujeres, homosexuales y no creyentes absteneros. Y si no viene pronto: ¡dejar de usar condón ya, malditos infieles!, Dios lo ordena.

¡Cualquiera puede hacer lo que quiera con su cuerpo! Fijarle un precio y si alguien quiere comprar ese servicio aceptar el trato, tu coño vale 500€ y tu cabeza 3000€. Un negro por ejemplo vale un pelín menos, unos 1.000 €, que es lo que nos supone que ande robando, si este precio es mayor de lo que nos cuesta meterlo en la cárcel ¡encerremoslo!. Allí podrá trabajar, que es lo que vino a hacer y de paso sera mas productivo, la relación coste/producción nos es favorable. ¡Todos debemos tener las mismas oportunidades! Los que se arriesgan su dinero son los que consiguen la gloria. ¿Que ese chaval ha venido a este mundo sin padre ni madre y por lo tanto no tiene dinero? No se preocupe trabajando duro como un ciudadano digno a los 60 años tendrá el suficiente capital para invertir en algunas acciones. Comprapaga, producecobra.

El arte tiene un papel fundamental en esta guerra contra el pensamiento único, siempre que sea fuera de esas cuatro paredes que actúan de ataúd. Un megáfono grita ¡Dada! mientras espera a salir del inodoro con forma de virgen y convertirse en la escobilla que se le mete por el culo a los discípulos de Aneris. El surrealismo se pone un traje de buzo y lanza un misil de subrealidades oníricas contra el parlamento de lo aburrido y cotidiano.. ¡Boom!. El teatro callejero se quedo anclado en la pura representación recuperada por el capital. Necesitamos un nuevo teatro revolucionario que muestre la falsa realidad a la vez que la cambia. No basta con enseñar lo malo que es un banco hay que destrozar la misma idea de capital dándole la vuelta. Los nuevos medios nos abren también nuevas posibilidades a ser exploradas... Inventemos y recuperemos nuevas artes al servicio del pueblo, la subversión, la diversión y las lineas de fuga caóticas

¡Mindfucks! ¡Antirealidades! ¡Eris echa carne! ¡ Las cosas vueltas del revés! Claves de una nueva propaganda. Claves de un nuevo mundo.

II. Zenarquía. ¿Querías revolución interior? ¡Toma Discordianismo! Eris no se conforma con sembrar la confusión en el mundo y que este recupere su aspecto original, también pretende cambiar la estructura mental individual personal (de cada uno). Y es que nos hicieron creer que solo teníamos una personalidad, nos embarcaron en la búsqueda de esta para que al final nos diéramos cuenta de que no hay tal personalidad verdadera y ¡lo que es mas!... También averiguamos (casi por casualidad) que eso que llaman Verdad resultaba que tampoco existía. Harry Haller se hubiera partido el ojete (y el cubano experto en enteogenos también)9.

Mil mundos nos esperan, mil facetas, tantas como queramos (y nuestra masa encefálica pueda soportar). Tenemos un hermoso jardín esperando a ser cultivado y nosotros simplemente nos conformamos con el peor cardo (que no es ni borriquero ni alucinógeno)... Aneris hizo bien su trabajo (para ella vivir es trabajar).

9 Personajes del libro “El lobo estepario” de Herman Hesse.

¡Cultivemos este jardín! Cortemos las rosas más bonitas o dejemos crecer las peores malas hierbas, recojamos los melocotones o comamos raíces, hagamos lo que queramos pero hagamoslo nosotros, siendo conscientes de ello. El cuerpo vibrátil es un bonsái, cuidelo y el resto vendrá solo.

¿Cansado de su papel de amo de casa? ¿o de vender tecnología en algún centro comercial? ¿harto de representar siempre el mismo papel? ¡Usted puede ser cualquier cosa! Una súperheroína o súpervillano, una experta en las artes erotikas, un trotamundos, un iluminado musulman o una maestra kung fu china. Cualquier cosa en cualquier momento, desarrolle las facetas que quiera, explórelas, Eris y su cabeza se lo agradecerán ¿Tiene obligaciones? ¿una casa que pagar? ¿la realidad impuesta no le deja respirar? A Buda una vez le preguntaron que era la iluminación, a lo que el respondió: “Si quieres beber, bebe. Si quieres comer, come.” Así de fácil

Y es que Aneris y sus servidores sacerdotesreyespresidentesreplicantes no solo actuaron en la matriz social si no que también atacaron la matriz mental. No se conformaron con poner un policía en cada esquina si no que también lo pusieron en cada cabeza. Acabar con ese policía es el primer paso, la puerta de entrada al Tao (o el sagrado Cao). Pero ¡cuidado! Aneris también puso trampas por el camino para los que tomaran la dirección de Eris. Nos bombardea con espejismos, falsos deseos, nos quiere encasillar en papeles superfluos y vacíos, Barbies, Andy Warhols, Rolling Stones o Neils Amstrongs. Ilusiones con las que mantenernos apegados a su mundo gris y áspero. No caiga en su cepo, siga solamente sus deseos.

¿Es un gran reto? Si, cualquier cosa que merezca la pena en esta vida es arriesgada. El reto trae el autocrecimiento. El autocrecimiento trae la iluminación. El Discordianismo cuando es practicado como un juego/danza nos trae grandes posibiliades para la autosuperacion y el cambio de personalidad. Monjes en la guerra por la liberación deseo, actuando, entrenando, meditando. Poetas de la matriz multiversal, componiendo, hilvanado, rompiendo. Actoresninja para el asalto contra la realidad impuesta, envenenando, representando, cambiando.

Freud era un burgués al servicio de Aneris. La dicha acompaña la vida del Zenarquista Erístico

III. Creando discordia. ¡Niños! ¡Mayores! cantemos todos juntos el himno de Eris:

“ Arriba soldados cristianos,

Arriba clérigos budistas, Arriba, frutos del Islam, Luchad hasta que hayáis muerto, Luchad vuestras pequeñas batallas, Unios en la mas turbia refriega, Par la mayor gloria de Discordia yah, yah, yah, yah, yah, yah, yah, Blfffffffffffft! “

¿Para que jugarnos el cuello si podemos regalar manzanas doradas (con gusanos dorados dentro)? Quieren misiles y pistolas, ¡pues que se los metan entre ellos por el culo!. Podemos actuar a cualquier escala en cualquier nivel. Mucho mas divertido que el estamparte contra tus enemigos, es ver como estos se pegan entre si gracias a tus argucias. Un poco de cicuta en cada núcleo de poder. El mundo único no tiene una cabeza única, esta está fragmentada, como una hidra que se devora así misma. Grandes multinacionales se espían mutuamente, las inmobiliarias compiten entre si y por los favores del ayuntamiento, la religión se enfrenta al estado laico, están ávidos de poder, y el dinero es poder en nuestra época

Crear la imagen de una oposición es incluso dañino ya que provoca la unión del poder. El terrorismo fue creado como una broma publicitaria para unir los fragmentados intereses en contra de cualquier flujo de escape. Queremos la destrucción del poder absolutista de los servidores de Aneris y para lograrla copiamos sus formas, caemos en su trampa.

No necesitamos convertirnos en hombres bombas. Vivamos la vida y creemos discordia entre nuestros enemigos. Quien ame el dinero, quien este corrupto por el poder, que se enfrente hasta la muerte por ello. Queremos disfrutar, queremos placer y lo queremos ¡ya!.

Un acto artístico que ponga al mismo Maquiavelo en ridículo. Una bomba erística en el seno de cada multinacional. Cartas ponzoñosas entre los ayuntamientos. ¿Tus jefes te agobian? empieza a contar chismorreos enfrentándolos Alguien dijo alguna vez que el Capitalismo se caería por su propio peso, que este “sistema” seria el que se destruiría así mismo. Aunque sus palabras estuvieran encaminadas a otro camino: el de la aburrida automonotonía, podemos recuperarlas, podemos poner una cascara de plátano en el camino los corruptos siervos de Aneris. La discordia no significa crear un armaggedon que nos arrastre a todos ¡ojo!, si no en tener a nuestros enemigos tan ocupados enfrentándose entre si que no tengan tiempo para impedirnos la vida y el desarrollo. Esta es una base, una plataforma de despegue.

¡De aquí al infinito! ¡y luego mas allá!

Discordia como arma. Kallisti. Notas: 
I. Recuerda el quinto mandamiento del pentavómito: No creas nada de lo que leas.
II. Algunas pensareis que este articulo no sirve la regla de los cinco, ¡falso!. Si contáis hay 3 partes cada una con 3 subpartes. Y 3 + 3 = 6 que esta al lado del 5.
III. Si algo no ha quedado claro consulta tu glándula pineal.
IV. King Kong murió por tus pecados.


Más Info: 

I. POEE | UK resource centre (bíblias discordianas y otros documentos en inglés):
http://www.poee.co.uk/web/index.php
II. Principia Discordia en castellano (en proceso de traducción cuando se escribió esto):
http://delcorp.org/imasdel/principia/

notas - texto:
1 El libro sagrado del Discordianismo, el culto a la diosa Eris.
2 Esto se llama La doctrina del desaire original.
3 Hay una discusión histórica acerca de si esta manzana era de oro metálico o acapulco.
4 De hecho habían cinco diosas, pero los griegos no conocían la Ley de los Cincos.
5 Que no es el de los pantalones y que también debió comunicarse con Eris  
6 Conjunto de las cinco sagrados mandamientos del Discordianismo.
7 Según algunas evoluciones del Discordianismo, la salchicha debe ser robada en un establecimiento perteneciente a una multinacional para protestar contra el principal paganismo de nuestra época que es el capitalismo. En otro cónclave se decidió que los vegetarianos para cumplir la sagrada comunión con Eris o bien podrían reciclar el perrito o inventar sus propias formas de romper dogmas de otras iglesias o romper su propio dogma por una vez.
8 Esto es lo mismo que plantea el biólogo chileno, Humberto Maturana, en su libro El árbol del
conocimiento, y tiene en realidad más que ver con cómo sabemos que las cosas suceden cuando
nadie ha sido testigo de lo que ha ocurrido.