sábado, novembro 10

a casta princesa - parábola poética e triangular


meu amor... 
a mente raciocina e o amor move o sol e as outras estrelas... 
lembro-me perfeitamente..: a princesinha cresceu casta e pura e, por ironia do destino, teve um filho. um filho concebido (mesmo) sem pecado - dizem ter sido obra de uma laranja descascada. 
isso. descascada. 
um dia a princesa foi conversar com os amigos de um deus barbudo 
e
disse: são mil, mil e não mais de mil, as maravilhas do ano dois mil e... o poeta completou já vinte anos.
os amigos do deus barbudo nada disseram
e
não disseram, porque não entenderam muito bem o alcance das palavras da princesinha...

vai daí o poeta apareceu com um saco de maçãs e disse: tenho vinte anos mas não permitirei que alguém diga que essa é a minha idade. a mais bela idade da vida.
então uma maçã caiu e questionou: qual a primeira coisa que me veio à mente quando acordei?
o poeta, alarmado, escreveu um belo poema que desperta todas as manhãs e, à noite, deita-se no seu leito transformado num imenso insecto

estupefacta, a princesinha, pensou e repensou.
e
do seu repensar disse para si: acho que já chega... não deixarei seguir esta história mais além. com estas cadeias associativas, ainda acabarei doida
quase num repente o poeta ordenou: agora assine o meu poema, sem pensar - como se fora um cheque!...


esta mensagem é, não mais que uma ténue imagem das muitas brincadeiras reais. daí se infere que a princesa era amada 
temida. praticava jogos, na maioria malévolos. jogos que poderiam trazer consequências à sua sombra. não a ela.

o filho da princesinha, esse, cresceu e entendeu que a nobreza tem destas coisas. o rapaz aderiu à ordem e nunca mais comeu cachorros quentes

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