meu amor...
a mente raciocina e o amor move o sol e as outras estrelas...
lembro-me perfeitamente..: a princesinha cresceu casta e pura e, por ironia do destino, teve um filho. um filho concebido (mesmo) sem pecado - dizem ter sido obra de uma laranja descascada.
isso. descascada.
um dia a princesa foi conversar com os amigos de um deus barbudo
e
disse: são mil, mil e não mais de mil, as maravilhas do ano dois mil e... o poeta completou já vinte anos.
os amigos do deus barbudo nada disseram
e
não disseram, porque não entenderam muito bem o alcance das palavras da princesinha...
vai daí o poeta apareceu com um saco de maçãs e disse: tenho vinte anos mas não permitirei que alguém diga que essa é a minha idade. a mais bela idade da vida.
então uma maçã caiu e questionou: qual a primeira coisa que me veio à mente quando acordei?
o poeta, alarmado, escreveu um belo poema que desperta todas as manhãs e, à noite, deita-se no seu leito transformado num imenso insecto
estupefacta, a princesinha, pensou e repensou.
e
do seu repensar disse para si: acho que já chega... não deixarei seguir esta história mais além. com estas cadeias associativas, ainda acabarei doida
quase num repente o poeta ordenou: agora assine o meu poema, sem pensar - como se fora um cheque!...
esta mensagem é, não mais que uma ténue imagem das muitas brincadeiras reais. daí se infere que a princesa era amada
e
temida. praticava jogos, na maioria malévolos. jogos que poderiam trazer consequências à sua sombra. não a ela.
o filho da princesinha, esse, cresceu e entendeu que a nobreza tem destas coisas. o rapaz aderiu à ordem e nunca mais comeu cachorros quentes
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